A ira de Gustavo
Gustavo tem apenas cinco anos e chegou ao consultório odontológico acompanhado da mãe,uma jovem de 23 anos.
Quando Gustavo veio ao mundo,sua mãe era apenas uma adolescente que acrescentava números às tão drásticas estatísticas de mães adolescentes,solteiras e completamente despreparadas.
Sério,olhar inquieto,mãos comprimidas,e sempre ao lado da mãe o garoto não abriu a boca uma única vez até deitar na cadeira odontológica e começar a gritar,gritar e gritar sem parar.Os pedidos da mãe foram em vão,e o silêncio só veio depois de muitas promessas,de muita conversa.E logo foi interrompido por mais gritos...
Gustavo passou a esmurrar a mãe com uma força impressionante,e a jovem completamente sem ação parecia deixar-se dominar pelo garotinho.Pedi calmamente que ele parasse,e que nada de ruim seria feito com ele,absolutamente nada.E a jovem mãe gritou,era sua vez de gritar.Foi então que o garoto começou a se esmurrar,dava murros no próprio corpo com muita força.Pedi que saíssem do consultório,e só assim Gustavo se acalmou.
Lembrei de outros pequenos pacientes que já quebraram fotopolimerizadores,derrubaram bandejas,morderam meus dedos...
Gustavo saiu arrastado pelas mãos da mãe que não conseguia controlar a ira do pequeno,e ele só tinha 5 anos...
Amigo,
Vc me fez lembrar dos muitos pequenos que já atendi...rsrsrs.
Haja pacência!
Bjs
Já recebi muitos assim no tempo que atendi em PSF. Minha medida? Mandava sair da sala mãe e filho. Quando os dois se educassem, podiam voltar para eu atender.
Além de darmos um duro danado em orientar, tratar,amar e estarmos todos os dias com nossos pacientes, falta de educação em casa já é demais. :)
Abraços para vc Amilton, adoro seu blog!
Paula Rollemberg
Até que não tive muitos problemas com crianças. Alguns pestinhas sempre aparecem, claro, mas como eu tenho cara de criança, acho que eles se identificam, kkkk.