Três Ganchos e Orações
Dois pacientes me chamaram a atenção neste início de semana. De um lado um senhor de 53 anos e toda sua capacidade de demonstrar coragem e revolta contra a dor de dente que o atormentou durante dias. Do outro extremo uma senhora de 83 anos e toda uma vida devotada à arte de curar através da oração.
Aquele senhor apareceu depois, segundo ele, de ter "arrancado" o dente com as unhas. Isso mesmo! No balbuciar de inúmeras palavras ele não dava espaço para mais nenhum complemento. O dente era o troféu, e a morte do dente o fim da dor,segundo ele. E no final completou: "O danado saiu mesmo foi com minha unha, e ele tinha três ganchos doutor...", referindo-se ao primeiro molar superior que segundo ele teria sido extraído usando as própias unhas.E indagado sobre a dor e o sangue, ele desconversou... O herói jurou que tudo aconteceu mesmo.
A senhora de 83 anos trás toda uma história de vida marcada pela simplicidade de quem exerce a função de rezadeira na comunidade. Todos a conhecem,e muitos já receberam suas orações. Calma, e com uma voz suave ele falou: "Já curei tudo,já rezei pra tudo,mas não conheço nenhuma reza que cure dor de dente... Queria ter na mente...".
As rezadeiras ou benzedeiras como são conhecidas caracterizam um grupo típico do nordeste brasileiro,mais especificamente do sertão,e aonde durante séculos os avanços da medicina tardaram a chegar. E nas mãos dessas mulheres a cura é parcial ou totalmente encontrada através da fé. Folhas, ramos e galhos são os instrumentos que levam à cura pela natureza. Uma boa dica para quem ficou afim de saber mais sobre as rezadeiras é o texto Rezadeiras- a cura na natureza do blog Nosso Semiárido.
De tantas histórias e vidas podemos tirar proveito, e do melhor a compartilhar através de quem tem tanto para ensinar na escola da vida.
Aquele senhor apareceu depois, segundo ele, de ter "arrancado" o dente com as unhas. Isso mesmo! No balbuciar de inúmeras palavras ele não dava espaço para mais nenhum complemento. O dente era o troféu, e a morte do dente o fim da dor,segundo ele. E no final completou: "O danado saiu mesmo foi com minha unha, e ele tinha três ganchos doutor...", referindo-se ao primeiro molar superior que segundo ele teria sido extraído usando as própias unhas.E indagado sobre a dor e o sangue, ele desconversou... O herói jurou que tudo aconteceu mesmo.
A senhora de 83 anos trás toda uma história de vida marcada pela simplicidade de quem exerce a função de rezadeira na comunidade. Todos a conhecem,e muitos já receberam suas orações. Calma, e com uma voz suave ele falou: "Já curei tudo,já rezei pra tudo,mas não conheço nenhuma reza que cure dor de dente... Queria ter na mente...".
As rezadeiras ou benzedeiras como são conhecidas caracterizam um grupo típico do nordeste brasileiro,mais especificamente do sertão,e aonde durante séculos os avanços da medicina tardaram a chegar. E nas mãos dessas mulheres a cura é parcial ou totalmente encontrada através da fé. Folhas, ramos e galhos são os instrumentos que levam à cura pela natureza. Uma boa dica para quem ficou afim de saber mais sobre as rezadeiras é o texto Rezadeiras- a cura na natureza do blog Nosso Semiárido.
De tantas histórias e vidas podemos tirar proveito, e do melhor a compartilhar através de quem tem tanto para ensinar na escola da vida.
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