A Gafe

 
       Uma senhora de 60 anos de idade mostrou-se apreensiva,insegura e demonstrou medo excessivo ao entrar no consultório odontológico.Ela estava acompanhada de um jovem de aproximadamente 28 anos que demosntrou sempre estar  calmo e sério. -A senhora pode entrar com o seu filho!-Falei tentando acalmá-la, e o jovem saltou de lá com uma voz séria e contundente: -Ela não é minha mãe,é minha mulher!. Bem,fiquei com cara de bobo,tentei disfarçar a gafe e falei: -Sua esposa,certo! Então,por favor,entre com sua esposa.E os dois entraram no consultório...
          Ela poderia ser a avó dele, a mãe dele,mas era a esposa dele.
          Logo de cara,ao vê-la na sala de espera notei diferenças no comportamento,no modo de vestir.Ela usava um vestido bastante jovial para a idade,róseo,meio colado ao corpo(nada de Geisy da Uniban,esqueçam! hehe),e um batom vermelho ao extremo.Pois é,ela fisiologicamente tinha 60 anos,mas a sua idade psicológica era outra completamente diferente,a começar pelo companheiro.


          Ao tratar o casal por mãe e filho,certamente não fui preconceituoso,longe disso.Apenas cometi uma gafe que me deixou vermelho por minutos,e completamente sem jeito também.Mas adorei ver aquela senhora casada com um jovem,e feliz da vida.
         Lembrei do magnífico filme O Leitor,e a bela atuação de Kate Winslet no papel de uma senhora que vive um caso de amor com um adolescente.Novelas,filmes e seriados tentam atualmente caracterizar cada vez mais a situação.Cougar Town(essa eu adoro,Courtney Cox tá perfeita,hilária) e Accidentally on Purpose são dois seriados americanos que mostram duas jovens senhoras `as voltas com relacionamentos mais jovens.E por ai vai...
       E olhem que esses filmes,seriados e novelas,muitas vezes retratam a situacão dentro de uma sociedade complexa e até,talvez,menos preconceituosa que a de uma pequena cidade do interior nordestino,aonde vivo e trabalho,e aonde essa senhora quebra regras e age dessa forma,não se intimidando com os preconceitos que por aqui existem aos montes,como existem também em Nova York,São Paulo,Tókio etc.
      E vivam as diferenças,e pausa aos preconceitos...
         
2 Responses
  1. Marcio Shelley Says:

    Ri demais com o post de hj... pior que eu imaginei ela com o vestido da Geyse mesmo =/... Parabéns!!! Mt bom!!!


  2. Kellen Says:

    Também ri muito com este post.
    Viva as diferenças! E abaixo ao preconceito.
    Bjsssssssss