Superproteção


        Nos últimos dias, dois pequenos pacientes e suas mães, por vezes ''impacientes'', chamaram minha atenção.
        O primeiro tinha 13 anos e colado à ele estava a mãe cuidadosa ao extremo. Começou logo dizendo: ''Cuidado doutor com o 'reizinho', meu príncipe...''. E 'reizinho' era tímido ao extremo, não respondia nada que eu perguntava, e quando o garoto esboçava a possibilidade de falar algo, lá vinha a mãe superprotetora  falando, atropelando o coitado do garoto. Reizinho não era o nome dele, claro, mas o apelido carinhoso que a mãe adotou. E o garoto chorava por tudo, e quando cogitei a possibilidade da mãe sair do consultório odontológico e aguardar na sala de espera, foi, então, que reizinho mostrou-se ''rei''... Gritou, gritou, e era tanto pavor que parecia que o mundo iria acabar naquele momento. E a mãe então o acariciou, sentou ao lado dele e começou a chorar também. E eu no meio daquele melodrama todo...
       O segundo paciente chegou acompanhado da mãe, mas o próprio garoto de apenas 9 anos impediu a entrada dela no consultório odontológico. Extrovertido, e seguro do que estava falando, ele nem de longe lembrava ''reizinho'' de 13 anos. 
        Duas mães diferentes, duas concepções distintas na educação dos filhos.
        Saber dizer não é extremamente importante, e a criança tem que passar por isso, tem que aprender a superar desafios,e tudo  tem seu tempo...
                                Com o tema Pais superprotetores, filhos despreparados, o Jornal O Povo de Fortaleza publicou recente matéria abordando o assunto. Segundo a matéria, a superproteção é causada pela ansiedade dos pais e o resultado são filhos despreparados para lidar com a realidade. A criança superprotegida tende a ser mais inibida,e uma série de distúrbios emocionais e até físicos podem ser desencadeados.

          Da adolescência até a fase adulta, quem passa pela superproteção dos pais tende a ser mais ansioso, tirano, inseguro e até com menos resistência imunológica.


             amilton


Leia a matéria completa em O POVO on line.
6 Responses
  1. Kellen Says:

    É um assunto delicado.
    Os pais precisam aprender que os filhos são criados para o mundo e não pra eles. É difícil!
    Espero um dia não ser uma mãe superprotetora! rsrs...
    Bjs e bom fim de semana com feriado!


  2. Amilton Says:

    Verdade Kellen, vc está certa!


  3. Roandina Says:

    Olá Amilton, parabéns por mais este post. Assunto muito complicado qd se trata de criar filhos, muitas vezes encontramos filhos mais preparados q os pais.Lamentável!! E parabéns pelas mudanças no blog. Elas são sempre bem vindas. Continue. Abraços e bom final de semana.


  4. Marcos Rocha Says:

    Ola Amilton , que tal participar do Movimento Odontologia na Internet em Meu Blog (marketing em Odontologia- http://www.marketingemodontologia.com.br/2009/08/movimento-odontologia-na-internet.html ) Escreva um post rapidinho pois faltam só 4 dias para o termino das inscrições.
    Seus textos são realmente muito bons e com certeza podem ajudar outros colegas a soltar o verbo na internet.
    Espero você por lá.
    Abcs
    Marcos rocha


  5. Amilton, ficou muito bom o seu blog. Mudança radical! Eu já passei por uma situação parecida. Só que no meu caso eram garotos que eram afeminados. Como cada mãe lidava com o jeito do filho, foi interessante observar. Uma tentava negar em cada atitude,por exemplo, na hora de escolher a cor da borrachinha do aparelho pediu que eu colocasse as que os homens escolhiam... A outra neste mesmo momento brincou: " não escolhe a rosa filho!"


  6. Amilton Says:

    Muito engraçada essa situação Ricardo...rsrs Inusitada! abs